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Descoberto novo dinossauro que viveu há 230 milhões de anos em Agudo

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Arte: Márcio Castro

Foi descoberto por cientistas do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa) da UFSM uma nova espécie de dinossauro encontrada em Agudo, chamada de Erythrovenator jacuiensis. O estudo sobre o animal foi publicado nesta sexta-feira pelo paleontólogo Rodrigo Temp Müller em uma revista científica. Com essa descoberta, Agudo se tornou o município gaúcho com maior número de espécies de dinossauros.

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Conforme o estudo, o novo dinossauro é membro da linhagem dos terópodes, a mesma que inclui o Tyrannosaurus rex e o Velociraptor mongoliensis. Entretanto, ele viveu muito tempo antes deles. Estima-se que o Erythrovenator jacuiensi tenha vivido há cerca de 230 milhões de anos. Pelo tamanho do fragmento ósseo preservado, é provável que ele tivesse cerca de 2 metros de comprimento. Entretanto, apesar do tamanho pequeno, ele provavelmente foi um predador ágil, uma vez que o fêmur preserva estruturas de inserção muscular bastante desenvolvidas. O fóssil foi encontrado no Sítio Niemeyer, que recebe o nome em referência à família proprietária das terras.

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Foto: Divulgação
Sítio onde o fóssil foi encontrado

O nome Erythrovenator jacuiensis significa "caçador vermelho do Rio Jacuí", referindo-se à coloração avermelhada do fóssil e ao rio que corre próximo a localidade onde ele foi descoberto. Como os dinossauros terópodes mais primitivos são todos carnívoros, supõe-se que ele também se alimentava de carne, apesar de não preservar dentes ou partes do crânio.

A descoberta do novo dinossauro é considerada interessante pelos cientistas pelo fato de que terópodes primitivos são muito raros. Desta maneira, o novo animal ajuda a entender como foi a evolução do grupo e a composição e dinâmica dos ecossistemas que presenciaram a ascensão da era dos dinossauros. O estudo foi publicado no periódico Journal of South American Earth Sciences.

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